A questão da preservação digital vem sendo pensada como um grande desafio do século XXI. Se por um lado os avanços tecnológicos permitem a disseminação da informação praticamente em tempo real, por outro lado os documentos gerados em suas variadas formas digitais devem ser racionalmente avaliados por profissionais da informação capacitados para manter sua originalidade, fidelidade, preservação e acesso de longo prazo. Em alguns casos chega-se a refletir sobre a importância de manter a fidelidade do estado físico e são questionadas as mudanças materiais ocorridas quando um livro é digitalizado, por exemplo. Suas propriedades são descaracterizadas.
Os primeiros países e continentes preocupados com essas questões foram Estados Unidos, Canadá e Europa que iniciaram as pesquisas nesta área na década de 1990.
Em 2003, a Unesco promoveu o lançamento de dois documentos extremamente importantes: Carta para a preservação do patrimônio digital e Directrices para la preservación del patrimonio digital, ressaltando a necessidade de se empreender ações que assegurem a longevidade e o acesso às informações e documentos em formato digital. (Lacombe e Silva 2007, p. 114)
Com o passar dos anos, mais e mais países se envolvem com a questão da preservação digital e contribuem no sentido de padronizar medidas confiáveis na gestão e elaboração de suas diretrizes.
O Brasil no contexto da preservação digital
- Biblioteca Nacional: ela realiza um movimento para definição de metadados de preservação. No seguinte endereço da internet a biblioteca disponibiliza interessantes conteúdos: http://bndigital.bn.br/index.htm;
- “Rede de Memória Virtual Brasileira”: http://bndigital.bn.br/projetos/redememoria/index1.htm;
- Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos do Arquivo Nacional (CONARq): com o anteprojeto da Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital teve como objetivo conscientizar as comunidades que possuem arquivos de documentos digitais a adotar práticas padronizadas de preservação digital. No seguinte link a carta na íntegra: Carta de Preservação;
- Participação do Brasil nos estudos de projetos internacionais (InterPARES I, II e III ).: http://www.interpares.org/ip3/ip3_index.cfm?team=4;
- UNICAMP que também colabora de maneira expressiva como podemos verificar a seguir: http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2012/10/24/contribuicao-da-unicamp-para-preservacao-digital
Eventos ocorridos que objetivaram a reflexão da preservação digital:
- Seminário Documentos em Meio Digital promovido pela Universidade de São Paulo:: http://www5.usp.br/2945/usp-discute-em-evento-preservacao-de-documentos-em-meios-digitais-inscricoes-vao-ate-sexta-18/;
- III Encontro Nacional de Bibliotecários em 13 de Novembro de 2012: http://www.abecbrasil.org.br/includes/eventos/vii_workshop/palestras/enb/RelatoBiblio.pdf
REREFÊNCIAS
ARELLANO, Miguel Angel. Preservação de documentos digitais. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n.2, p. 15-27. Mai./ago. 2004.
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Carta para preservação do patrimônio arquivístico digital. Disponível em: <http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/publicacoes/cartapreservpatrimarqdigitalconarq2004.pdf> Acesso em: 14 de jan. 2013.
LACOMBE, C., SILVA, M.. Padrões para Garantir a Preservação e o Acesso aos Documentos Digitais. Revista Acervo, Rio de Janeiro, 20, dez. 2011. Disponível em: <http://revistaacervo.an.gov.br/seer/index.php/info/article/view/142/114>. Acesso em: 14 Jan. 2013.
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