As
principais motivações para o estudo da preservação digital estão relacionadas
ao crescimento constante da produção de informação armazenada em formatos
digitais e o uso maciço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nas
mais variadas atividades do cotidiano. Este cenário implica em mudanças no
fluxo, no tratamento, na disseminação e na preservação da informação para que
as gerações futuras possam ter acesso aos mesmos documentos e informações disponíveis
atualmente.
Os
materiais digitais possuem inúmeras vantagens, entre elas o fácil acesso e a
possibilidade de ser copiado infinitas vezes, porém, para que isso ocorra, há a
necessidade da presença de um contexto tecnológico, sem o qual a informação torna-se
inacessível. Esta dependência tecnológica coloca em risco a longevidade do
material, pois este está vulnerável à rápida obsolescência a que a tecnologia
está sujeita.
A
degradação do suporte em que a informação está registrada pode ocorrer tanto no
papel como nos suportes magnéticos e ópticos, influenciada por variados efeitos
como temperatura, uso indevido, obsolescência tecnológica, entre outros,
podendo tornar a informação irrecuperável. Estes empecilhos podem ser
considerados novos desafios quando a questão é a preservação. Por isso, para
garantir o acesso, a confiabilidade e a integridade dos documentos digitais, torna-se
cada vez mais necessário gerar conhecimento a respeito das medidas e estratégias
que permitam preservar a informação a longo prazo.
Além da questão da obsolescência dos suportes físicos, há de se ressaltar a degradação de softwares, pois todo tipo de material, obrigatoriamente, está em determinado formato e este tende a atualizar-se e modificar-se periodicamente. Logo, é necessário transpor o documento digital, para que o software seja capaz de abrir e interpretar adequadamente a informação armazenada.
A preservação digital baseia-se na capacidade de garantir que a informação digital permaneça acessível, íntegra e autêntica para que possa ser interpretada no futuro, mesmo com a utilização de uma plataforma tecnológica distinta da utilizada no momento da sua criação. Por isso, no mundo atual em que cada vez mais as organizações dependem da informação digital, torna-se obrigatória a implementação de técnicas e políticas que busquem garantir a longevidade e acessibilidade a este tipo de informação. (FERREIRA, 2006)
REFERÊNCIAS:
ARELLANO,
Miguel Angel. Preservação de documentos digitais. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 15-27, mai./ago. 2004
FERREIRA, Carla Alexandra Silva. Preservação da Informação Digital: uma perspectiva orientada para as bibliotecas. 2011. 159 f. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2011. Disponível em: http://eprints.rclis.org/17574/1/Tese_preserv_digital_V_CAPA.pdf. Acesso em: 13 jan. 2013
FERREIRA, Miguel. Introdução à preservação digital: Conceitos, estratégias e actuais consensos. Portugal: Escola de Engenharia da Universidade do Minho, 2006. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/5820 /1/livro.pdf. Acesso em: 13 jan. 2013
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